quarta-feira, 8 de julho de 2015

Harmonia 7 - 8 Julho 2015

Passemos agora às funções harmónicas destes acordes.
Estas funções acontecem não só pelos intervalos internos do acorde (espaço entre as notas que o constituem)  mas também pelos acordes que precedem ou sucedem um certo acorde, criando movimento.
Existem três grandes grupos de funções harmónicas: tónica, dominante e subdominante.
Os acordes que melhor representam estas funções são o primeiro (tónica), quarto (subdominante) e quinto (dominante). Os restantes acordes também podem ser incluídos nestas categorias.

Função harmónica /  Grau do acorde / exemplos em Dó maior

Tónica                   |           I, iii, vi      |     C, Em, Am
Dominante            |           V, viiº        |     G, Bdim
Subdominante       |          ii, IV           |     F, Dm


A tónica transmite a ideia de conclusão, de descanso. É portanto um acorde estável.
A dominante transmite uma sensação de tensão, que apela fortemente a uma resolução na tónica.
A subdominante fica algures entre as anteriores funções, pois não é nem inteiramente estável como a tónica, nem dá uma sensação de tensão tão alta como a dominante.
Daí que a progressão I - IV - V seja tão importante, porque apresenta os acordes que melhor transmitem as funções harmónicas indicadas, caminhando do máximo de estabilidade possível para a tensão mais forte.
Como os restantes acordes se inserem nas categorias indicadas na tabela, podem ser usados como substitutos harmónicos. A função do acorde não se perde, mas as notas presentes que se modificam podem trazer novas cores à progressão.
Podemos observar que este enquadramento das funções harmónicas passa também pela partilha de notas em comum com os acordes das respectivas famílias:


Funcão harmónica  | Outros acordes e notas em comum

Tónica: C (C E G) | Em (E G B),  Am (A C E)

Dominante: G (G B D) | Bdim (B D F)

Subdominante: F (F A C) | Dm (D F A)

Em qualquer dos casos, a terceira nota é sempre uma nota em comum entre acordes com as mesmas funções.




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